12/06/2012 - Guarulhos, SP...[ASN] O Aeroporto Internacional de Guarulhos tem cerca de 30 mil funcionários. Calcula-se que 80 mil pessoas passem pelo local todos os dias. Devido ao grande número de viajantes que passa no local, em 1987 a administração do aeroporto resolveu criar uma capela para orações. Começou com missas católicas. O projeto cresceu e, hoje várias denominações utilizam o ambiente. No último dia 24 de maio, foi realizada a primeira programação da Igreja Adventista na sala.
No inicio do mês de março, foram feitos os primeiros contatos oficiais, com os representantes da Infraero, no qual ficou decidido que a igreja Adventista ocuparia três horários por semana. Segunda-feira das 16h10 às 19h50, quinta-feira das 16h10 às 19h50 e aos sábados das 16h10 as 17h50. As atividades têm total apoio da Associação Paulista do Vale (APV), e conta com a participação dos pastores da cidade de Guarulhos. Um material exclusivo foi desenvolvido em forma de passaporte, e é entregue juntamente com um livro ‘A Grande Esperança’.
O coordenador do projeto, pastor Heber Mascarenhas, conta que existe um grande potencial a ser explorado nesse trabalho. “O movimento de pessoas é intenso”, destaca. “Certamente o Espírito do Senhor nos ensinará os melhores métodos para levar a mensagem de esperança naquele movimentado aeroporto”, afirma Mascarenhas. Segundo os cálculos da Infraero entre 5 a 6 milhões de pessoas circulam anualmente pelo corredor principal do Aeroporto de Guarulhos, onde a sala está situada.
Perto da capela encontram-se cartazes indicando a sala de oração. Com o chamado “Este é um lugar de esperança, seja bem-vindo!” os viajantes são convidados para entrar e retirar o passaporte da esperança. Parecido com o tradicional passaporte necessário para viagens internacionais, tem em sua capa, a frase: “Republica Federativa da Esperança”. Dentro do material uma breve sinopse personalizada sobre o livro distribuído. “A Grande Esperança (com tiragem superior a 160 milhões de cópias no mundo), um livro que expressa no contexto da existência humana, o desejo de todo viajante: Chegar ao destino final com segurança!”.
Um dos pastores participantes do projeto Rodrigo Cerencovich salienta ser essa uma oportunidade para abrir as vitrines da igreja Adventista no aeroporto. “São pessoas de todos os estados e países que passam por ali, e têm a oportunidade de nos conhecer e eventualmente contatar-nos”, destacou Cerencovich, contando que nestes primeiros contatos com as atividades, alguns testemunhos já foram relatados. Um deles foi de um viajante da Bahia que se identificou como adventista. Ele viajava com duas senhoras, e uma delas já havia lido o livro ‘A Grande Esperança’, e estava agora, à procura de estudos bíblicos. “Ao verem nossa igreja integrada numa missão organizada nos mais diversos lugares, isso deve trazer um impacto muito positivo a nosso respeito”, reflete o pastor.
O coordenador do projeto lembra que existem capelães adventistas atuando em aeroportos de alguns países, mas ainda não ouviu nada sobre atividades adventistas em capelas ecumênicas dentro de aeroportos. “É um trabalho novo, diferente de tudo o que já experimentei em meu ministério”, conta. Sendo que a Sala pertence à Infraero, é preciso atuar com prudência, porque a concessão dos horários, em caso de queixas pode ser retirada.
“O local aparenta ser de oração e não de culto, embora outras igrejas façam cerimônias por lá”, conta o pastor Felipe Feitosa. As pessoas que por ali passam demonstram ter fé, as crenças são diversas, alguns fazem sinal da cruz, outros falam com Deus de olhos abertos e falam de tal forma, que para quem fica olhando acredita que tem alguém do lado deles.
Feitosa relembra de um fato especial, que sem saber o jeito certo de abordar, viu uma senhora entrando na capela e disse: “Pode pegar o seu livro, é especialmente para você. Ela abriu e ficou lendo”. A mulher perguntou de onde ele era, e começou a falar o motivo de estar ali. Contou que encontrou uma senhora no banheiro do aeroporto que comentou com ela que um parente havia sido assassinado e ela ficou muito comovida com a notícia mesmo sem conhecer aquela que lhe contava história. E no final da conversa, a senhora enlutada pediu que ela orasse a Deus para confortar, e por esse motivo foi até a sala de oração. O pastor orou com ela, e a mesma disse que passaria a frequentar todos os dias aquele local. “Deus dirige tudo”, afirma o pastor.
A sala tem capacidade para 40 pessoas. Fica no piso de embarque, no corredor de interligação entre os terminais de passageiros 1 e 2. Para quem quiser entrar em contato foi criado um e-mail capelania.aeroporto@esperanca.com.br .
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