Não são apenas as geleiras e as florestas tropicais que estão em perigo em nosso planeta. Além do fantasma do aquecimento global e dos desmatamentos fora de controle, os solos da Terra estão sob maior ameaça do que nunca.
Segundo cientistas, em algumas partes do mundo as perdas por erosão ultrapassam a taxa natural de formação do solo. A intensidade da atividade humana está afetando a capacidade do solo de produzir alimentos, armazenar o carbono da atmosfera, filtrar a contaminação do abastecimento de água e manter a biodiversidade.
Devido à crescente demanda por alimentos, a intensificação da agricultura por si só vai colocar uma enorme pressão sobre os solos ao longo das próximas décadas – e as alterações climáticas aumentam ainda mais o desafio.
Os solos são o cerne da “zona crítica” da Terra: a camada que dá suporte à vida de grande parte da humanidade e vai do topo da copa das árvores ao fundo dos aquíferos.
Steve Banwart, professor do Instituto Kroto de Pesquisa da Universidade de Sheffeld, lidera um novo programa de pesquisa internacional, denominado Observatórios de Zonas Críticas, que busca ajuda para enfrentar o desafio de manter a qualidade de nossos solos.
Existem agora mais de 30 observatórios em muitos países diferentes e eles estão começando a trabalhar juntos. Um dos objetivos desse esforço internacional é desenvolver modelos matemáticos para prever como o solo e as funções que ele desempenha vão ser afetados com a intensificação das atividades humanas. A ideia é também desenvolver solução para aumentar a produtividade de plantações, por exemplo, sem comprometer as outras funções do solo.
Fonte: Hypescience
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