Uma bomba explodiu nesta sexta-feira (26) no prédio da ONU em Abuja, capital da Nigéria, deixando mortos e feridos, segundo a polícia.
"Mortos e feridos foram retirados em uma ambulância para um hospital. Ainda não temos um número preciso", disse à AFP o porta-voz da polícia do país africano, Yemi Ajayi.
Fontes médicas falaram em pelo menos dez mortos, mas ainda não havia confirmação oficial.
A polícia enviou o esquadrão antibombas ao local. O prédio, de cinco andares, teve paredes destruídas.
Fontes do serviço de segurança afirmaram que se tratava se um carro-bomba que foi lançado contra o prédio. As suspeitas recaem sobre o braço da rede terrorista da al-Qaeda no Maghreb Islâmico.
Segundo uma testemunha, a explosão aconteceu depois que um carro suspeito entrou pela porta principal do edifício, que fica na zona diplomática da capital nigeriana, perto da Embaixada dos EUA.
"Nós vimos a explosão vinda do prédio. Todas as pessoas que estavam no subsolo foram mortas. Seus corpos estão literalmente por toda a parte. Vi cinco corpos", disse Ocilaje Michael, um dos funcionários da ONU.
Outro funcionário afirmou que várias pessoas ficaram presas dentro do edifício.
"Não sei o que está acontecendo. Muitas pessoas ainda estão presas no edifício. Precisamos de uma grua para retirar as pessoas", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.
Seita radical
A Nigéria tem sido alvo de uma onda de atentados por parte da seita radical islâmica Boko Haram, cujo nome significa "A educação ocidental é pecaminosa", no idioma hausa, falado no norte do país.
Quase diariamente, o grupo está por trás de atentados e tiroteios, na maioria tendo como alvo a polícia na região norte do país.
Na quinta-feira um atentado do Boko Haram contra uma delegacia de polícia e ataques a bancos numa cidade no nordeste do país deixaram 12 mortos, incluindo um policial e um soldado.
Iraque
Em 19 de agosto de 2003, um atentado contra a ONU deixou 23 mortos em Bagdá, entre eles o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que estava no Iraque como representante especial do então secretário-geral da organização, Kofi Annan.
Fonte: G1
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