Falhas na versão oficial dos ataques de 11 de setembro - Evidências Proféticas | blog adventista

24/08/2011

Falhas na versão oficial dos ataques de 11 de setembro

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Grupo 911Truth se dedica a estudar os atentados terroristas. Eles questionam relato do governo, mas evitam teorias da conspiração.


Poucos meses após os atentados de 11 de setembro de 2001, durante um discurso televisionado, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, relembrou os fatos do dia dos ataques: “Estava sentado do lado de fora da sala de aula e vi um avião bater na torre, na TV. Eu costumava pilotar, e pensei 'este é um péssimo piloto'. Pensei que havia sido um horrível acidente”.

A narrativa explicaria o fato de o presidente ter continuado sua programação para aquele dia, um encontro com crianças em uma escola da Flórida, apesar de o país estar desde cedo sob o pior ataque terrorista de sua história. A declaração, entretanto, é combustível para milhares de norte-americanos que questionam a versão oficial que o governo do país para os fatos do 11 de Setembro, e apontam falhas no relatório final da comissão que investigou o atentado. Por todo o país, dezenas de organizações reúnem dados e análises independentes em relatórios que divergem das explicações dadas pelo governo.

“A história oficial não faz o menor sentido”, disse, em entrevista ao G1 Mike Berger, coordenador da organização 911Truth, um dos principais grupos que buscam entender o que de fato ocorreu em 11 de Setembro, discordando do que o governo diz. “Ninguém viu vídeo do primeiro avião batendo até ele ser divulgado no dia seguinte. Ou o presidente mentiu, ou ele tinha alguma imagem exclusiva do ataque, que ninguém nunca ficou sabendo”, completou.

Dúvidas

Investigações paralelas buscam falhas na versão oficial do 11/9 (Foto: Editoria de Arte/G1)Segundo Berger, mesmo após dez anos, há muito que nunca foi satisfatoriamente explicado pelo governo, e também muita informação que foi mantida sigilosa por mais importante que fosse para o país. Tudo isso, ele diz, levanta suspeitas de que há “muitos interesses em esconder a verdade” e cria suspeitas sobre o próprio governo.

“O governo Bush tentou evitar uma investigação. O Departamento de Defesa mentiu. Todas as agências de segurança falharam. No fim, tudo foi usado para justificar a decisão de aumentar o orçamento da defesa e jogar o país em guerras. Acreditar na versão oficial dos fatos é impossível”, disse.

O site da organização lista dezenas de questões que seus membros ainda consideram sem resposta. “Muitas pistas e provas foram destruídos, caixas pretas dos voos do WTC nunca apareceram, agentes da Inteligência do Paquistão supostamente mandaram dinheiro para terroristas, o governo ignorou uma série de alertas de que os ataques ocorreriam e a resposta depois deles foi desorganizada. São muitas dúvidas”, disse. “Os ataques serviram a muitas causas diferentes. Uma delas foi dar força e dinheiro ao governo americano.”

O relatório final da comissão de investigação sobre os atentados terroristas, finalizado após dois anos de trabaho por um grupo bipartidário, buscou indicar detalhes de como os ataques ocorreram. O documento indica que o governo americano de fato estava despreparado e reagiu aos ataques de forma improvisada, mas não abre margem para suspeitas sobre responsabilidade de ninguém além dos próprios terroristas. O relatório foi feito com base em provas e análises de especialista, e não se debruça sobre as suspeitas levantadas por teóricos da conspiração.

Ativismo

O grupo liderado por Berger é formado por voluntários, pessoas de todo o país que duvidam da história construída pela investigação sobre o 11 de Setembro. “Nossa missão é educar as pessoas”, disse. São essas mesmas pessoas que analisam dados disponíveis no próprio relatório oficial, na imprensa e na avaliação de supostos especialistas para criar questionamentos sobre os fatos divulgados oficialmente.

O coordenador contou que ele mesmo era “ingênuo” e acreditava na versão oficial dos fatos. “Não acreditava que o governo estivesse mentindo”, disse. Segundo ele, entretanto, ao pesquisar, começou a encontrar questões sem explicação, que o levaram a se tornar parte das investigações paralelas.

Além do grupo 911truth, pesquisadores independentes também levantam problemas na versão oficial dos fatos e no sigilo de documentos importantes. Segundo Anthony Summers e Robbyn Swan, autores do recém-lançado “The eleventh day” (O décimo-primeiro dia), sobre o 11 de Setembro, “sempre haverá dados escondidos”, o que não quer dizer necessariamente uma suspeita sobre a participação de grupos do governo em ataques.

Suspeita sem teoria da conspiração

Apesar de não acreditar na versão oficial, Berger e o grupo 911truth rejeitam a ideia de que acreditam em uma teoria da conspiração. “Não teorizamos sobre o que aconteceu. Juntamos fatos, contradições, para mostrar que a versão oficial está errada, mas não criamos nossa própria versão”, disse.

Segundo ele, as teorias da conspiração só dificultam o trabalho de qualquer pessoa que questione a versão oficial. “É frustrante. Ligam meu nome a teorias da conspiração mesmo sem defender nenhuma”, disse. “Não sei explicar o que está em aberto”, completou.

Por ser uma organização aberta, entretanto, o 911Truth acaba abrigando muitas pessoas que defendem teorias conspiratórias e acham até mesmo que o governo americano pode ter sido responsável pelos atentados. Em fóruns do site do grupo é fácil ler comentários deste tipo, apesar de não haver uma postura oficial dos envolvidos nas investigações.

“Numa mesa de bar, de forma informal, diria que houve um plano terrorista da al-Qaeda, sim, mas algumas pessoas ligadas ao governo permitiram que o plano ocorresse para que isso pudesse ajudá-los em seus objetivos”, disse.

Berger acha que é possível que a verdade completa sobre o 11 de setembro nunca seja revelada. “A situação continua péssima para quem quer investigar, mesmo após a eleição de Obama”, disse.

Fonte: G1

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