As autoridades da Tailândia elevaram nesta quarta-feira (2) para 427 o número de mortos pelas inundações que afetam o norte e o centro do país desde julho.
O Departamento de Mitigação e Prevenção de Desastres indicou que há 2,1 milhões de desabrigados em 147 comarcas de 26 províncias, onde a água mantém submersa grande parte das casas e das plantações de arroz.
O desastre causado pela inundação do planalto central alcançou os subúrbios do norte e do oeste de Bangcoc, enquanto aumenta a indignação de seus habitantes com as autoridades, que sacrificaram seus bairros para salvarem o centro da capital.
A boa notícia é que nos próximos nove dias a maior parte do enorme volume de água que segue em direção a Bangcoc, cidade situada 20 quilômetros ao norte da foz do rio Chao Praya, já deve ter seguido rumo ao mar.
As autoridades planejam drenar nesse período os 5,5 bilhões de metros cúbicos de água parados pelos diques montados no perímetro da metrópole, onde vivem 12 milhões de pessoas.
Durante os três meses das persistentes inundações, 1,6 milhão de hectares ficaram submersos pela água, e deverá ser preciso desembolsar 900 bilhões de baht (US$ 30 bilhões) para a reconstrução das regiões afetadas.
As inundações, consideradas as piores nos últimos 50 anos, começaram no final de julho com o transbordamento de rios e pântanos no norte e na região central por causa das copiosas chuvas da monção e de três tempestades tropicais seguidas.