O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, advertiu nesta terça-feira que um ataque de Israel contra o Irã com o objetivo de deter seus planos de fabricar uma bomba atômica "poderá ter consequências incalculáveis" e justificou, para evitar a iniciativa, o endurecimento das sanções sobre Teerã.
Na sessão de controle do governo na Assembleia Nacional, Juppé afirmou que "essa ação militar poderia ter graves consequências" e se referiu aos "rumores" sobre o assunto, aos quais vinculou o aumento da tensão pelo descumprimento por parte do Irã das regras internacionais de não-proliferação.
"Fazemos todo o possível para evitar a medida", insistiu o ministro, que citou como exemplo a reivindicação do presidente francês, Nicolas Sarkozy, sobre as sanções adotadas recentemente pela União Europeia.
Juppé destacou que o pedido ao Irã é que aceite uma negociação "sem condições prévias" e acrescentou: "nossa oferta de diálogo continua válida".
O chefe da diplomacia francesa afirmou que "o programa militar nuclear é uma das grandes ameaças à paz não apenas na região", mas também para o mundo inteiro.