O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou nesta quinta-feira que os investidores que apostam contra o euro terão prejuízos, porque França e Alemanha estão determinadas a defender a moeda.
Sarkozy, que preside o G20 e o G8, disse ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, que Paris e Berlim tomarão novas medidas para a integração econômica europeia nas próximas semanas.
"Para aqueles que apostam contra o euro, cuidado com seu dinheiro, porque nós estamos totalmente determinados a defender o euro", disse ele.
"A sra (chanceler alemã, Angela) Merkel e eu nunca - ouviram, nunca - iremos deixar o euro cair", declarou Sarkozy à reunião de executivos e líderes políticos.
"Imaginar que nós abandonaríamos (o euro) é não entender nada sobre a psicologia dos países europeus que combateram uns aos outros em gerras por décadas. Essa é uma questão de identidade(europeia)", disse ele.
O pedido do presidente francês por um novo sistema monetário internacional encontrou uma resposta fria nos Estados Unidos, que enxergam na reforma uma pretensão de diminuir a hegemonia do dólar. Mas Sarkozy disse que ninguém está tentando prejudicar o dólar, que continuaria sendo a principal moeda de reserva do mundo.
Sarkozy também defendeu a ampliação do mandato do Fundo Monetário Internacional (FMI) para medir, monitorar e fazer cumprir novas regras para desequilíbrios econômicos globais.
O presidente francês disse a banqueiros e líderes empresariais que a primeira tarefa é desenvolver uma série de indicadores relevantes para definir e medir desequílibrios em comércio, câmbio e conta corrente, além de outros fatores.
"Na visão da presidência francesa do G20, há somente uma organização internacional que está em posição para fazer isso, que é o FMI", disse Sarkozy.
"Então eu acho que vale a pena repensar os estatutos do FMI para torná-lo a organização encarregada de coordenações econômicas, financeiras e de política monetária, e de garantir os indicadores".
Fonte: Terra
Nota: O discurso de Sarkozy faz referência a duas profecias: Daniel 2 e Apocalípse 13. De acordo com a primeira, a Europa jamais será um bloco consolidado como ferro, ao contrário, as relações entre os países serão tão frágeis quanto o barro. A segunda profecia confirma que realmente haverá um controle financeiro mundial capaz de determinar quem poderá comprar ou vender, falta apenas o aval dos EUA.
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