Também farás uma mesa de madeira de acácia; o seu comprimento será de dois côvados, a sua largura de um côvado e a sua altura de um côvado e meio. De ouro puro a cobrirás, e lhe farás uma moldura de ouro ao redor. Também lhe farás ao redor uma guarnição de quatro dedos de largura, e ao redor da guarnição farás uma moldura de ouro. Também lhe farás quatro argolas de ouro, e porás as argolas nos quatro cantos, que estarão sobre os quatro pés. Junto da guarnição estarão as argolas, como lugares para os varais, para se levar a mesa. (Ex 25:23-28).
Material: Feita de madeira de Acácia revestida de ouro puro. Tinha 4 argolas para varais. Localizava-se em frente ao candelabro Ex 40:24.
No alimento Deus provê todas as nossas necessidades. É a presença de Jesus na vida do crente como principal fonte de alimento.
Comentário: A mesa dos pães era um quadro da vontade de Deus chamando ao companheirismo e comunhão (literalmente compartilhando algo). Isto seria igual a um convite para um almoço entre amigos. Comer junto é um ato de companheirismo, principalmente na época de Cristo. Deus está disposto a permitir que o homem entre em sua companhia. Representa Cristo como o verdadeiro alimento, o pão da vida. Percebe-se que os pães estão organizados lado a lado em número de 6 (6 e 6), formando um número 66, que são a quantidade de livros da bíblia sem fermento, ou seja, uma bíblia original, não adulterada ou com livros apócrifos. Significa as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos de Cristo.
A cada sábado se colocava 12 pães sem fermento (fermento é símbolo de pecado) organizados em duas pilhas de 6, cada um feito com algo mais de 2,4 kg de flor de farinha.
Moisés havia instruído o artesão cheio do Espírito em como construir a mesa dos pães. Esta mobília tipificou a vida e ministério de Jesus, incorruptível, indestrutível, como vimos com o altar de bronze, tipificando a humanidade de Cristo que saiu como uma raiz de uma terra seca (Is 53:2). O ouro na mesa era um emblema de Jesus como divino. (Mt 28:20; Jo 2:24-25; Fl 3:21).
O Mishna (a primeira seção do Talmud) explica o procedimento que os sacerdotes quando ao mudar o pão. Quatro sacerdotes entram no lugar santo, dois deles que levam as pilhas de pão, e dois deles as xícaras de incenso. Quatro sacerdotes tinham entrado antes deles, dois para remover as duas pilhas velhas de pão, e dois para as xícaras de incenso.
O termo vem de uma palavra hebréia que significa pão da presença, porque os pães eram fixos ante a face ou presença de Jeová (Lv 24:8).
Apresentando Jesus como alimento é um perfeito quadro desta mobília, assim como o evangelista João narra a multiplicação de 5 pães e 2 peixinhos, pois conhecendo Jesus o coração daquelas pessoas, os fez entender que a comida natural que deu só satisfazia temporariamente mas a comida espiritual provida por Ele, provê satisfação permanente. Entendendo mal tal declaração, as pessoas acreditaram que teriam que fazer algum trabalho externo para adquirir vida eterna. Mas as palavras do mestre tão claras quanto o sol mostrou que o verdadeiro alimento, a verdadeira vida era Ele mesmo (Jo 6:27-29).
A metáfora "comer deste pão" não ensina a necessidade de comer a carne de Jesus literalmente para adquirir vida eterna. Jesus simplesmente ensinou que como a comida se torna parte de um indivíduo quando é consumida, assim aqueles que acreditam nEle estão fazendo parte com Jesus.
Para produzir o pão com a farinha, é necessário que a massa seja esmagada, peneirada. Isso é um quadro do ministério divino! Jesus passou pelo processo da peneiração das tentações de Satanás (Mt 4:1-11) e os líderes religiosos que testavam-no constantemente (Mt 22:15-40), contudo nenhum pecado foi achado em Ele (Hb 4:15). Ele passou por experiências esmagadoras, açoites e espancamentos (Is 53:4-5; Mt 27:26-30) e por fim crucificação (Mt 27:33-50). A farinha refinada deve também ser assada, outro quadro de Jesus, que passou pelo fogo de perseguição, sofrimento, e morte por nós.
Depois que os pães foram colocados na mesa, eles foram borrificados com incenso como um comemorativo, e o resto estava queimado no altar de incenso como um oferecimento para Jeová (Lv 24:7). O incenso não deveria ser confundido com o incenso regular queimado no altar; era diferente em substância. O incenso emitiu um bálsamo como fragrância que encheu o lugar santo.
Hoje, muitos cristãos estão sofrendo fome espiritual. Alguns comparecem as igrejas alimentados com o humanismo, com opiniões filosóficas e até mesmo heresias. Jesus deseja esses tais com o pão espiritual da Palavra de Deus que pode edificar para serviço.
Precisamos olhar ao redor, há almas famintas que estão sofrendo fome por falta de comida espiritual e devemos prover alimento para eles. Somos postos nos famintos bairros como única opção de alimento, pôde você, em boa consciência, alimentar a outros com a medida de pão existente em sua vida? Isso representa levar a Cristo aos famintos, levar o pão de vida, para esses ao nosso redor satisfazendo-os nos apetites espirituais.
Obs: Os pães só eram substituídos quando os outros já estavam providenciados para substituí-los, pois não podiam faltar.
Os pães que se tiravam eram considerados sagrados, os sacerdotes comiam no "lugar santo" (Lv 24: 5-9). Estes 12 pães constituíam uma perpétua oferenda da parte das 12 tribos, em sinal de gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas diariamente de sua mão.
A mesa do "pão da proposição", ou "pão da Presença". Marcos fala dos "pães da proposição" (Mr 2:26), literalmente, "o pão da apresentação", quer dizer, o pão apresentado a Deus, Paulo usa a mesma palavra grega em Hb 9:2.
Jo 6:35 "Jesus é o pão da vida".
Utensílios: Todos de ouro, pratos, bacias, tigelas e colheres.
Weber Marques e Adriano Euzébio
0 comentários:
Postar um comentário