A lei que proibia que homossexuais solicitassem uma cerimônia de casamento em igrejas na Inglaterra, será revogada no dia 05/12/2011, segundo informações do jornal Daily Mirror. Com isso, o Governo inglês afirma que a expectativa é de que por ano, 750 casais homossexuais troquem alianças em templos. O anúncio dessa medida foi feito pela Subsecretária para a Igualdade, Lynne Featherstone.
O Primeiro-Ministro inglês, David Cameron declarou que o matrimônio é um “valor dos conservadores”, e que acredita nos casamentos gays. A média de casamentos no país, entre heterossexuais é de 5.500 por ano.
A lei que permite a união entre pessoas do mesmo sexo está em vigor desde 2005 na Inglaterra e proporciona os mesmos direitos civis a esses casais, porém, proibia o uso de igrejas para as cerimônias de casamentos gays. Com a queda da proibição, as Igrejas não se tornam obrigadas a fazer as cerimônias, porém diversas Igrejas consideram a possibilidade de abrir as portas para que essas uniões sejam feitas nos templos.
A Igreja Católica e a Igreja Episcopal Anglicana da Inglaterra demonstram estar divididas sobre a questão, embora exista forte resistência de alguns líderes dessas igrejas. Segundo o Gospel Prime, em 2010, cinco Bispos Anglicanos divulgaram no jornal “The Times” uma Carta Aberta afirmando que os casais homossexuais não pudessem realizar suas cerimônias de casamento nas igrejas, uma vez que os direitos civis já eram garantidos.
Após a consagração em 2003 de um gay assumido ao posto de Bispo, a Igreja Anglicana vem promovendo debates intensamente sobre a questão da homossexualidade. Rowan Williams, maior liderança da Igreja Anglicana, recentemente concordou com a prática e anunciou novas medidas a respeito do assunto, que foram consideradas ousadas.
A Subsecretaria para a Igualdade afirmou que o “governo está avançando para oferecer a igualdade para os que pertencem a grupos homossexuais”. Lynne ressaltou que as igrejas não são obrigadas a nada: “nenhuma confissão religiosa é forçada a aceitar, mas agora existe a opção para aqueles que desejarem fazer isso. Trata-se de um marco importante”.
Os críticos da medida anunciada afirmam que o Primeiro-Ministro só irá revogar a lei porque seu mandato vem perdendo apoio de integrantes da comunidade gay inglesa.
Nota: E por aí vai Babilônia...
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