Evidências Proféticas
Um estudo recente elaborado em colaboração com o California Institute of Technology revela que as comunidades de plantas que formam a base dos ecossistemas terrestres vão sofrer alterações de tal modo que pelo menos 30% dos ecossistemas continentais caracterizados por uma dada comunidade vegetal podem deixar de a exibir.
Cientistas americanos publicaram recentemente na revista Climatic Change um estudo que avaliou as consequências da subida das temperaturas previstas no contexto das Alterações Climáticas para o futuro ao nível dos ecossistemas através da medicação da sua sensibilidade.
Os investigadores da NASA, em colaboração com investigadores do California Institute of Technology, recorreram à modelação para prever quais as consequências dos diferentes aumentos de temperatura projectados pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas no seu 4ª Relatório de Avaliação nos biomas terrestres, como as florestas e pradarias, caracterizados pela presença de uma comunidade vegetal típica.
Os resultados revelam que pelo menos 30% da superfície terrestre que não está coberta por gelo ou um deserto sofrerá alterações no coberto vegetal que reflectirá uma deslocação em direcção aos pólos terrestres, sobretudo das pradarias de zonas temperadas e das florestas boreais.
Entre as áreas mais afetadas pela alteração da comunidade vegetal e, consequentemente, da comunidade animal encontram-se os Himalaias e o Planalto Tibetano, a parte oriental da África Equatorial, Madagáscar, a região Mediterrânica, o Sul da América do Sul, e partes da América do Norte.
O estudo recém-publicado sugere ainda que, para além das alterações das comunidades vegetais, as Alterações Climáticas vão quebrar o equilíbrio ecológico reduzindo a biodiversidade e afetando os ciclos da água, energia e carbono, entre outros.
Jon Bergengren, que liderou a investigação é da opinião que “Embora os avisos de degelo dos glaciares, subida do nível do mar e outras alterações ambientais sejam representativas e importantes, em última instâncias são as consequências ecológicas que mais importam”.
Desta forma, o investigador afirma “O surpreendente grau de sensibilidade dos ecossistemas terrestres previstos pela nossa investigação realçam o imperativo global de acelerar os progressos no sentido de preservar a Biodiversidade através da estabilização do clima da Terra”.
Fonte: Naturlink
Postado em: Mudanças Climáticas
