A Bíblia não diz qualquer coisa que nos leve a entender que seja apropriado ou não doar órgãos do próprio corpo.
Todas as referências Bíblicas a um novo coração têm caráter unicamente espiritual (Ezequiel 11: 19, 18:31 e 36:26) . E é fácil entender que assim seja, visto que, ao tempo em que a Bíblia foi escrita, jamais se teria a idéia de que chegaríamos a tal avanço do conhecimento científico, que os transplantes de órgãos fossem possíveis.
Contudo, cremos que a doação de órgãos é um ato de amor cristão e deveria ser praticado por todo filho de Deus (‘De graça recebestes de graça dai’ Mat.18:8).
O corpo que possuímos vai se deteriorando a cada dia, e em caso de morte de nada nos valerá, pois com a morte todos nossos órgãos se transformam em pó. Quando porém, vencemos as barreiras do preconceito e do egoísmo e doamos estes órgãos, os quais de outra forma seriam comidos pelos vermes, temos nossos órgãos vivos no corpo de uma outra pessoa. É um consolo saber que sua vida será preservada por nossa bondade e que mesmo depois da nossa morte a influência dos nossos atos continua exercendo um poder transformador na vida de muita gente, e assim continuamos a testemunhar do amor de Cristo mesmo estando no túmulo. Além do mais, na ressurreição, Cristo nos dará corpos incorruptíveis.
Assim, este é assunto de foro íntimo. Mas pensemos em termos do amor cristão. Doar sangue reflete o amor de Cristo, que deu o seu sangue por amor a nós. Agora, do ponto de vista físico, podemos dar oportunidade para que outros sobrevivam recebendo o inestimável fluído. Por que não aplicarmos o mesmo princípio à doação de órgãos?